26 de agosto de 2009

Um legado para as gerações

“O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não esconderemos dos nossos filhos, mas falaremos aos nossos descendentes a respeito do poder de Deus [...], dos seus feitos poderosos e das coisas maravilhosas que ele fez. Assim eles também porão a sua confiança em Deus; não esquecerão o que ele fez e obedecerão sempre aos seus mandamentos” (Sl 78.3,4,7).

Quando fazemos aniversário, normalmente ficamos felizes e agradecemos a Deus pelo dom da vida; afinal, muitos não chegaram até aqui. Porém, melhor e mais importante do que nascer é saber para que nascemos. Do contrário, a vida perderá o sentido. Conhecer o propósito de Deus para nossa vida é a mais compensadora das descobertas. A partir daí, podemos viver com segurança e enfrentar os desafios na certeza de que Deus faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem. Mesmo que não saibamos em detalhes tudo o que Deus reserva para nós, sabemos que ele tem planos de bênção e de paz (Jr 29.11).

No entanto, ser abençoado com mais um ano de vida não é um fim em si mesmo. Deus tem propósitos para nós. Ele quer fazer a diferença em nós para que façamos diferença em nossa geração.

Vivemos dias em que nos faltam bons modelos e bons exemplos. Nossa geração sofre pela falta deles. Outro dia ouvi que, o sonho de alguns meninos que moram em algumas favelas do Rio de Janeiro é ser como o chefão do tráfico. Ouvi também que uma menina de 4 anos disse que ia dormir na casa do namorado dela pq a Barbie fazia isso.

Quais foram algumas das pessoas que marcaram as últimas gerações?
- Cazuza: Foi, sem dúvidas um poeta sensível e autor de letras absolutamente críticas. Mas, foi um jovem rebelde, cuja vida foi marcada pela ausência de limites e pelo abuso de drogas.
- Raul Seixas: Parceiro de Paulo Coelho, o que dispensa comentários. Cantor e compositor cuja ideologia estava baseada no princípio: “... Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.”
- Mamonas Assassinas e grupos de funk: Pobre dos ouvidos mais apurados musicalmente.
- Há muitos outros como Xuxa, os políticos corruptos, os líderes cristãos que estão mais comprometidos consigo mesmo e com seu bem-estar em vez de comprometerem-se com Deus... E a lista seria grande demais para mencionar aqui.

Há algumas perguntas interessantes que devemos fazer:
• Pq nasci nesta família?
• Qual o propósito de Deus em me conceder mais um ano de vida (como pessoas, família e/ou igreja)?
• Com que propósito Deus me colocou aqui?
• Qual o objetivo de Deus ao inserir-me nesta sociedade/bairro/cidade?


Com que finalidade, Deus me ajudou a chegar até aqui? Eis alguns motivos:
1- Amar a Deus com todo coração: adoração
2- Amar e servir ao próximo como a mim mesmo: ministério/obediência
3- Ir e fazer discípulos: evangelismo e discipulado
- compartilhar seu testemunho de vida com simpatia
- contagiar pessoas com uma espiritualidade contagiante
- dividir o que tem aprendido: doar tempo, abrir a vida e a casa para o discipulado
4- Ser exemplo e inspiração: deixar um legado para nossos contemporâneos e para a próxima geração:

Quando temos filhos, nossa preocupação com o futuro toma consistência. Tornamo-nos pessoas mais centradas, mais preocupadas em viver uma vida totalmente consagrada e dedicada a Deus, pois afinal de contas, tem “alguém” de olho em nós, reproduzindo nossas virtudes e, principalmente, nossos defeitos. É impressionante como os filhos repetem tudo o que fazemos.

Se cumprirmos o objetivo de Deus para nossa vida, certamente deixaremos para a nossa geração e para as futuras:

 Um legado de fé:
Quando lemos a lista dos heróis da fé mencionada em Hebreus 11, somos inspirados pelo grande exemplo que nos deixaram. Cada personagem traz consigo um chamado à obediência a Deus pela fé.

 Um legado de amor a Deus e dedicação ao seu serviço:
Quero deixar para meu filho o exemplo de uma vida útil nas mãos de Deus. Quero que ele veja o amor com que sirvo a Jesus e à sua causa, e se inspire a ser e fazer para Deus muito mais do que eu. Minha grande ambição é que meu filho, que tem hoje 2 aninhos, me supere, em muito, na dedicação e no serviço ao Senhor.

 Um legado missionário:
Falar de Missões sem envolver os pequeninos é “nadar e morrer na beira da praia”; afinal, eles é que, no futuro, assumirão a liderança da igreja.
Nos dias 04 a 06 de setembro acontecerá, em nossa igreja, a 4ª Conferência Missionária, cujo tema é: São Paulo: Tempo de colheita, tempo de vocação, tempo para uma nova igreja. Neste ano, haverá, oficialmente, uma versão infantil que será feita com nossas crianças e pré-adolescentes. (Para mais informações sobre a Conferência, envie um e-mail para: eliasenilda@gmail.com ou ligue para 7238-6730).

Então, vale perguntar:
• Será que estamos marcando nossa geração por viver de acordo com o que Deus planejou?
• Estamos servindo de inspiração para que outros busquem ao Senhor e procurem viver conforme o propósito dele?
• Que legado estamos deixando para a geração atual e para a próxima?
• Que marcas estamos deixando de nossa vida na vida de outros?
Não há como viver de forma neutra. Sempre estamos ministrando algo para as pessoas que nos rodeiam. Sempre haverá alguém nos observando para conscientemente ou não, nos imitar. Especialmente em dias quando nos faltam ícones, heróis de verdade e bons exemplos, a alma humana clama por referenciais pelos quais possam nortear suas vidas vazias, ou tomarem como inspiração para alçar vôos mais altos.

Que você e eu sirvamos de modelo e inspiração. Que nossa vida inspire as pessoas a serem como ou melhor que nós.

Que Deus nos ajude a cumprir essa grande e compensadora missão.

Nenhum comentário: