Não para, não, irmão! (Uma pausa em é preciso saber viver)

Nossa vida passa por vários fases. Cada uma dessas fases traz consigo desafios diversos: uns grandes, outros nem tão grandes. Às vezes, a vida parece uma grande guerra, composta de várias batalhas menores. A cada batalha vencida, estamos mais próximos de vencer as grandes guerras da vida

Pode observar, sempre que estamos para tomar, ou tomamos, grandes decisões, rumo à obediência ao Senhor, aparecem os grandes ataques com suas mais variadas formas: desânimo, incredulidade, conformismo com a situação atual, crítica e ridicularização, confusão mental, desconcentração e perda de objetivo etc. Esses ataques são reais, e há um perigo real de sermos enredados por eles.

Vemos por exemplo Ne 1.1-4:

- Jerusalém estava destruída (Ne 2.17): Às vezes, estamos em uma situação complicada. Talvez nossa família esteja destruída/ nossa saúde em estado precário/ estamos gastando quase todo nosso tempo no trânsito e no trabalho/ não conseguimos tempo para a família, a hora devocional ou para uma maior dedicação ao Reino de Deus/ talvez nossa vida esteja um bagaço, e outras tantas situações difíceis da vida. Esses são alguns dos muros derrubados ou com brechas que podem fazer parte de nossa vida.

Há um momento em que precisamos tomar uma decisão. Decidimos, então, reconstruir, mudar, agir em relação ao que Deus colocou em nosso coração, dar um passo rumo à mudança.

- Neemias decide pela reconstrução dos muros (Ne 2.17b): Foi isso que Neemias fez. Depois de constatar que a situação do povo e da cidade era terrível, ele tomou uma decisão: Vou dar um jeito nisso. Vou reconstruir. Vou obedecer a Deus naquilo que ele colocou em meu coração.

A partir desse momento, as tentativas de intimidação começaram. Houve ataques diversos buscando desviar Neemias e o povo de sua missão.

Interessante como a grande maioria dos ataques chegaram a Neemias e o povo por intermédio de pessoas. Já percebeu que tem pessoas que, além de não resolver sua vida (e atender ao que Deus colocou no coração delas), ainda querem atrapalhar a gente de resolver a nossa e obedecer a Deus?

Até então tudo estava bem. Bastou Neemias tomar atitude, lá vieram os inimigos, os ataques, as tentativas de acabar com o projeto dele.

- (v 18b):

- zombaria e desprezo: eles ficaram nessa situação tanto tempo, agora acham que vão resolver tudo em um só dia,

Neemias não se intimida. Ele prossegue seu trabalho e reafirma a seus opositores que a obra será concluída. A oposição torna-se acirrada.

- (4.1b):

- ira e ridicularização:

- argumentos mentirosos: Isso é bem próprio do pai da mentira e seus súditos. Quando os judeus trabalhavam com afinco na reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 4.3), seus inimigos disseram: “Vindo uma raposa, fará que seu muro de pedras desabe”. Raposas são animais pequenos. Desde quando elas têm forças para derrubar um muro de pedras?

- O povo clama ao Deus do céu (4.4,5) e consegue chegar à metade da altura do muro (4.6): Os desafios continuaram, e quando o povo chegou à metade da execução de seu projeto, o nível dos ataques aumentaram. Os inimigos:

- (4.8): planejaram atacar Jerusalém e causar confusão: Nesta hora, o povo orou mais intensamente pedindo forças a Deus. Pediram forças físicas (4.10). Os ataques podem minar nossas forças físicas para nos impedir de concluir com sucesso o que Deus requer de nós.

- (4.11): vamos matá-los e acabar com o trabalho deles: O povo estava tão decidido, e trabalhando com tanto afinco e na dependência de Deus, que os inimigos viram que a única forma de acabar com a obra era destruir fisicamente o povo.

O povo disse:

-(4.12b): seremos atacados de todos os lados: Quando estamos decididos a fazer o que Deus tem p/ nós, ataques surgirão em todas as áreas da vida: emocional, física, familiar, espiritual, profissional. De todos os lados vêm ataques de todas as formas.

Enquanto a crente levar uma vida relaxada e descompromissada com a vontade de Deus, tudo estará na mais perfeita tranquilidade. Mas quando ele decidir viver em obediência e com perseverança, pode esperar que terremotos acontecerão.

- (4.13,17b,18): armados com espadas, lanças e arcos: O povo precisou se armar completamente: Eles oraram, montaram vigilância, trabalhavam com a colher de pedreiro numa mão e os instrumentos de guerra na outra. Nós também devemos estar adequadamente armados, vestindo TODA a armadura de Deus descrita em Efésios 6.

Queridos, nosso chamado é, antes de qualquer coisa, para a obediência (Obedecer é melhor que sacrificar): Quando estamos obedecendo a Deus, precisamos vigiar. Nosso adversário não quer que sigamos o Senhor em obediência. Ele tentará de tudo; usará desânimo, ameaças, intimidação, fraqueza física, medo da morte etc para nos desviar a atenção.

Nesta hora, quando estamos sendo atacados de todos os lados (por obedecer a Deus), não devemos desistir, mas sim fazer pelo menos 5 coisas:

- não murmurar (como os israelita fizeram diante do mar Vermelho

- lembrar-se de quem é o Senhor (4.14b), conforme a Bíblia o descreve:

- buscá-lo individualmente em oração; clamar a ele e ouvir dele (4.4,5 etc)

- contar com parceiros de oração (4.16): para isso tbm é que temos irmãos

- não se deixar distrair (6.2,3)

As batalhas da vida tentam (e, muitas vezes, conseguem) nos paralisar. Tentam paralisar:

1) nossa mente: para que fiquemos racionalizando as coisas, questionando, dando lugar à dúvida em vez de confiar plenamente no Senhor; para que achemos que a vida sem Deus era melhor que a vida com ele; que obedecer é muito difícil e não vale a pena

2) nossas mãos e nossos pés: para que paremos e deixemos de avançar; para que desistamos de seguir a Cristo e levar uma vida em conformidade com sua Palavra;

3) nosso coração: para que fiquemos apáticos, indiferentes aos apelos do Espírito Santo; para que nos tornemos simples frequentadores de igreja em vez de crentes que amam e servem ao Senhor com fervor e obediência.

- Quem persevera, alcança o objetivo, cumpre a missão e causa temor (a Deus) nos inimigos (sejam eles quais forem) (6.15,16; 7.27,28a, 43)

Um exemplo a observar:

Depois de viver 430 anos sob opressão egípcia, os israelitas, finalmente, estavam marchando rumo à liberdade e à conquista da terra prometida. Eles deveriam seguir em frente, sem olhar para traz. O que ficou no Egito, faria, a partir daquele momento, parte de um passado que só deveria ser trazido à tona para lembrá-los de que Deus os libertara com mão poderosa das mãos de um grande opressor. Chegou o momento tão esperado. Deus havia dado a palavra de ordem, e o povo deixou o Egito, suprido de tudo o que necessitava.

O povo havia vencido a primeira de muitas batalhas que enfrentariam até conquistar definitiva e completamente a terra prometida. No meio do caminho, porém, o povo depara-se com o mar Vermelho. Não havia para onde fugir, nem por onde escapar; o terror paralisou a mente, o coração e os pés daquela gente. Diante desse quadro, os israelitas começaram a murmurar contra Moisés. Aqueles homens e mulheres já haviam se conformado em viver toda sua existência como escravos do faraó; era muito mais cômodo. Mas Deus levanta alguém dentre eles que via além dos limites do cativeiro. Moisés enxergava com os olhos de Deus. Encontrar-se com Deus e manter um relacionamento diário com ele faz toda a diferença. Estar com Deus tem o poder de ampliar nossa visão. Após encontrar-se com Deus, na sarça ardente, Moisés sabia que Deus não os deixaria “na mão”. Veja a resposta de Moisés ao povo no versículo 13:

Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje, porque vocês nunca mais verão os egípicios que hoje veem.

O Senhor lutará por vocês; tão-somente acalmem-se”.

Ao ouvir isso, o Senhor perguntou a Moisés: “Por que você está clamando a mim?”. Em outras palavras, Deus está dizendo a Moisés: “Por que você e todo o povo estão parados? Por que se deixaram paralisar diante deste grande mar?”.

As circunstâncias nunca serão totalmente favoráveis para obedecermos ao chamado de Deus. Muitos serão os “mares vermelhos”, os Sambalates, os Tobias, os inimigos que se colocarão à nossa frente para nos intimidar, fazer parar e desistir.

Independentemente das circunstâncias, nós sempre temos razões de sobra para continuarmos firmes em nossa caminhada, “olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé”. Deus é soberano; ele está acima das circunstâncias e tem controle sobre elas.

Não sei qual decisão importante Deus está requerendo de você. Não sei também quais as os inimigos(Sambalates, Tobias, mares vermelhos) você irá ou está enfrentando (esteja certo de que uma hora ou outra ele aparecerá bem diante dos seus olhos), mas sei o Deus em quem você deve e pode confiar.

A alegria cristã e a perseverança na obediência não estão baseadas em circunstâncias, mas em um sólido conhecimento de Deus e no futuro garantido de vida eterna com Cristo (Estaremos para sempre com Ele; E ele enxugará de nossos olhos toda a lágrima).

Por isso, siga em frente! Decida-se por Deus e por sua vontade. Não pare! Não perca tempo ouvindo lorotas (de que raposas derrubam muros). É mentira!!! É engano!

Deus convida você para olhar p/ frente e continuar andando. Deus garante que, se permanecermos nele, chegaremos ao destino “estaremos para sempre com o Senhor”. Iurru!!! Isso é que é motivação! Um dia, cantaremos um novo cântico, que certamente terá como uma das estrofes “Valeu a pena”.

Vale a pena enfrentar as batalhas confiando no Senhor e perseverando em sua Palavra. Um dia, nosso corpo será transformado. Um dia a tristeza não terá lugar em nosso coração, e as lutas desta vida sequer nos trarão pesar, porque estaremos com o Amado de nossa alma para sempre!!

A nossa parte é seguir em frente! Avante! Fortalecer nossas mãos e abrir o mar é trabalho de Deus. Seguir em frente é nossa parte. Tragar as dificuldades e lutas pelas “águas do poder divino” e trazer a vitória final é parte de Deus.

Nós não temos controle sobre as adversidades nem sobre o mar da vida que se levantam contra nós, mas podemos ordenar a nossas mãos que sigam construindo os muros que Deus nos deu para erguer; aos nossos pés que sigam em frente. À ordem do Mestre, devemos continuar andando. Só podemos parar se Deus assim ordenar. Do contrário, devemos ir em frente e avante!

Que Deus nos ajude nesta caminhada, enquanto edificamos os muros que ele nos deu para edificar.

Não para, não, irmão. Estamos juntos!

A serviço do Rei Jesus,