29 de agosto de 2019

Evangélico não praticante???!!!

Tenho conversado com algumas pessoas e tbm ouvido histórias que muito me têm intrigado, trazendo uma reflexão para minha própria vida e experiência cristã.

Não deveria, mas ainda me assusta que o último senso tenha incluído em sua pesquisa a designação "evangélicos não praticantes", uma correspondente à já conhecida "católico não praticante". Ao que parece, um "não praticante" ou "nominal" é aquela pessoa que guarda os princípios e até segue alguns deles, mas não vive a prática diária da vida cristã, o que envolve, sim, e inclusive, vínculo com uma igreja local onde possa não só receber, mas tbm servir.

O problema com essa nova categoria é a impossibilidade de tal coisa existir. Um religioso pode até ser adjetivado como "não praticante" de sua religião, igualmente um cristão pode ser nominal, até um evangélico pode ser um "não praticante". Contudo, jamais quaisquer dessas designações servirão bem a um discípulo de Jesus. Não tem como haver um discípulo de Jesus que seja "não praticante".

Em uma conversa recente,ouvi de alguém a afirmativa "sou evangélica". Leio a Bíblia todos os dias e oro, e até vou à igreja com regularidade. PArece que o entendimento geral de ser "evangélico" ou "cristão" ou "crente" está rigidamente relacionado, e foi reduzido, a uma lista de coisas a serem praticadas ou não, independentemente do "ser", da identidade que Cristo nos conferiu.

Somos filhos e filhas de Deus, amadas por ele. Ele nos criou com um design e para um propósito que só será possível ser realizado a partir de um relacionamento com ele, pois nosso chamado é para prinmeiramente e principalmente andar com ele e não sair, como loucos, fazendo para ele. A questão não é quanto leio a Bíblia, mas quanto permito que a Bíblia me leia, quanto me vejo a partir dela como espelho que reflete meu verdadeiro eu e minhas muitas incorreções, transformando minha mente; não é só quanto oro, mas quanto ouço a Deus em meu tempo com ele e permito que seu Espírito opere em mim, fazendo as mudanças necessárias, corrigindo cursos, alterando planos e sonhos; não tem a ver com o que eu faço, mas com quem eu sou em Cristo; não tem a ver com minhas impossibilidades, falhas e imperfeições, mas com o fato de que todas as coisas são possíveis para Deus, com a perfeição e sabedoria dele, com seu poder de fazer que todas as coisas cooperem para o meu bem.

Todos corremos, no final, o risco de incorrermos em engano ao dizer que somos cristãos. Somos discípulos. Um discípulo se deixa moldar pelos ensinamentos e exemplos de seu mestre. Eu quero isso pra mim.

Bom dia.